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CAU/BR manifesta-se sobre o valor da Cultura, da Ciência e da Tecnologia

Os dois campos representam “baluartes de uma nação soberana”, dizem os conselheiros

Os  conselheiros federais do CAU/BR, reunidos em Brasília em 20/05/16, defenderam a restituição do Ministério da Cultura como órgão gestor das políticas culturais e a preservação da autonomia do Ministério da Ciência e Tecnologia. A posição foi endossada por diversos presidentes de CAU/UF presentes na Plenária Ampliada realizada naquele dia.

 

“Os dois campos representam, no mundo atual, importantes vetores de uma economia crescentemente baseada no conhecimento”, diz o documento.

 

“A cultura é um dos baluartes de uma nação soberana. As dimensões que a cultura assume no desenvolvimento econômico equivalem às suas dimensões simbólicas e de ampliação dos direitos de cidadania. O outro baluarte é o desenvolvimento tecnológico e científico dirigido ao bem-estar de seu povo. Também aqui as dimensões econômicas somam-se às dimensões da ampliação dos direitos de cidadania, ao alcance e usufruto das inovações que promovem a qualidade de vida”.

 

Em sua conclusão, o documento afirma: “Por tudo o que significam para o desenvolvimento econômico e social do país, Cultura, Ciência e Tecnologia devem ser vistas como assuntos de Estado, não de governos. Não podem ser tratadas como custo, mas como investimento estratégico.  Não podem ser apequenadas ou rebaixadas, mas sim fortalecidas cada vez mais”.

 

Eis a íntegra do manifesto:

 

O CAU/BR MANIFESTA-SE SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CULTURA, DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA NO CENÁRIO NACIONAL 

 

O Plenário do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, como conselho que defende o direito de toda a sociedade brasileira à Arquitetura e ao Urbanismo de qualidade, vem a público manifestar sua posição de apoio à restituição do Ministério da Cultura como órgão gestor das políticas culturais e à preservação da autonomia do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A Arquitetura é uma manifestação cultural ímpar, que revela e traduz o modo como a sociedade estabelece suas relações, suas prioridades e seus desejos. Seu aspecto vinculado ao conhecimento técnico e ao desenvolvimento científico é inegável, e extremamente necessário para que cumpra a função transformadora do território brasileiro e a ação inovadora na solução dos problemas persistentes das condições de vida de toda a população. A cidade, como somatória de tudo isso, é construção cultural por excelência, vinculada de modo imperioso ao conhecimento científico disponível a cada tempo.

A cultura é um dos baluartes de uma nação soberana. As dimensões que a cultura assume no desenvolvimento econômico equivalem às suas dimensões simbólicas e de ampliação dos direitos de cidadania. O outro baluarte é o desenvolvimento tecnológico e científico dirigido ao bem-estar de seu povo. Também aqui as dimensões econômicas somam-se às dimensões da ampliação dos direitos de cidadania, ao alcance e usufruto das inovações que promovem a qualidade de vida.

Os dois campos representam, no mundo atual, importantes vetores de uma economia crescentemente baseada no conhecimento.

A cultura tem sido, cada vez mais, um forte instrumento na delimitação da presença dos países centrais no cenário internacional, além de, nos cenários nacionais, ser instrumento eficaz na geração de emprego e renda e de atração de investimentos e turismo.

No Brasil, o Sistema Nacional de Cultura é legitimado pela ampla participação da sociedade através de conferências em nível municipal, estadual e federal, e de um Conselho Nacional de Política Cultural e seus colegiados setoriais e por conselhos estaduais e municipais. Desenvolve políticas que abarcam o amplo espectro da diversidade cultural brasileira, orientadas tanto à proteção do patrimônio material e imaterial do país em toda sua diversidade étnica e social, quanto ao desenvolvimento de uma cadeia produtiva sólida e inclusiva, visando à consolidação de um setor da economia cada vez mais importante para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo.

O desenvolvimento científico e tecnológico impacta, com igual peso, todos os setores da vida nacional, representando a diferença entre a submissão a prioridades externas e a altiva decisão sobre nossos recursos naturais e o modelo de desenvolvimento que queremos. Seu alcance, amplamente constatado nos avanços já realizados e os desafios cada vez mais urgentes em um mundo rapidamente tecnologizado somam-se ao reconhecimento da ciência como uma das matrizes fundamentais de uma nação.

Por tudo o que significam para o desenvolvimento econômico e social do país, Cultura, Ciência e Tecnologia devem ser vistas como assuntos de Estado, não de governos. Não podem ser tratadas como custo, mas como investimento estratégico.  Não podem ser apequenadas ou rebaixadas, mas sim fortalecidas cada vez mais.

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