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Bahia recebe ciclo de debates sobre o direito das mulheres à cidade

Evento gratuito será realizado no Espaço Cultural da Barroquinha

 

No dia 28 de novembro, Salvador dará continuidade a Agenda Nacional do 1º Ciclo de Debates Mulheres na Arquitetura – Cidades Inclusivas para as Mulheres. Realizado pelo CAU/BA e CAU/BR, o evento integra agenda de encontros itinerantes com o objetivo de consolidar política de equidade de gênero no âmbito da Arquitetura e Urbanismo e também a construção de cidades que atendam às necessidades das mulheres. Com o apoio da Comissão de Desenvolvimento Urbano e da Secretaria de Mulheres da Câmara dos Deputados, bem como, do Colegiado das Entidades Nacionais de Arquitetura e Urbanismo, o evento está sendo realizado em diversas capitais do Brasil, foi iniciado em Florianópolis e após a etapa da Bahia, teremos Paraná, Sergipe, Rio Grande do Sul, Acre, Distrito Federal, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.

63% dos 166.194 inscritos nos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo são do sexo feminino. Na Bahia este percentual é de 61%. As mulheres também são maioria entre as estudantes de arquitetura (67%) e na população de arquitetos/as com idade entre 20 e 25 anos (79%). Os dados apontam para um futuro majoritariamente feminino na profissão, o que também pode significar uma mudança na forma como a arquitetura e o urbanismo passam a conceber o espaço urbano.

Em âmbito nacional, as arquitetas fomentaram a criação do Grupo de Trabalho de Mulheres dentro do Fórum dos Presidentes, espaço que reúne as presidências dos CAU de todos os estados.  Também compuseram uma Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR que tem como propósito contribuir para construção da Política de Equidade de Gênero do CAU/BR.

A intenção precípua de todas estas iniciativas é, além de estimular a representatividade profissional, contribuir com o alerta da necessidade de oferecermos cidades mais inclusivas, a partir da da arquitetura e urbanismo. “Somos todos cidadãos mas as mulheres possuem demandas específicas, que modificam a sua interação com a cidade. Mobilidade, segurança, saúde, áreas de lazer para as famílias e crianças são apenas alguns aspectos prioritários e sanáveis através de uma arquitetura que enxerga o indivíduo busca alinhar soluções que beneficiem o maior número possível de pessoas em uma sociedade”, esclarece a presidente do CAU/BA, Gilcinéa Barbosa.

Pensar as cidades a partir das necessidades de uso das mulheres é refletir sobre a infraestrutura do espaço urbano para responder às atividades do cotidiano das mulheres. O objetivo é provocar debates sobre diversos aspectos cotidianos, como a mobilidade urbana, segurança pública (temas como o assédio no transporte público, a iluminação pública e os espaços abandonados das cidades).

O direito à habitação social também precisa ser observado da perspectiva feminina. O número de mulheres chefes de família saltou na última década, passando de 1 milhão em 2001 para 6,8 milhões, em 2015 segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), 56,9% das mulheres que sustentam a casa e tem filhos de até 14 anos estão abaixo da linha da pobreza. Dentre estas, 64,4% das mães negras.

A ação está em sintonia com a agenda internacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Ela contempla o ODS 5 – Igualdade de Gênero (Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas) e o ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis (Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis).

SERVIÇO:
Evento: 1º Ciclo de Debates Mulheres na Arquitetura – Cidades Inclusivas para as Mulheres.
Data: 28 de novembro, 14h30
Local: Espaço Cultural da Barroquinha (Rua do Couro, s/n, Barroquinha, Salvador/BA)

 

 

 

 

 

 

Fonte: CAU/BA
Publicado em 20 de novembro de 2019

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