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Nova face da arquitetura brasileira

“Nove novos”. É assim que serão conhecidos nove escritórios de arquitetura de Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre em exposição na Alemanha. Aliada à Feira do Livro de Frankfurt, que este ano homenageia o Brasil, a mostra no Deutsches Architekturmuseum (DAM) tem como objetivo apresentar profissionais de até 40 anos que vêm deixando sua marca nos quatro cantos do país.

São residências, museus, prédios públicos e obras temporárias de uma geração disposta a inovar. Além de uma obra de maior destaque, que ganhará uma maquete, cada escritório vai exibir fotos e desenhos de outros de seus projetos. Os trabalhos ficarão expostos entre 19 de setembro e 19 de janeiro.

— Os nove não são os melhores da temporada. Mas têm uma obra representativa da arquitetura que vem sendo feita no Brasil — avalia Ricardo Ohtake, que assina a curadoria da mostra ao lado de Peter Schmal, diretor do DAM.

Para Ohtake, é uma arquitetura que ainda traz influências do modernismo, mas busca criar uma linguagem contemporânea, introduzindo elementos como transparência e leveza. É o que se vê, por exemplo, no pavilhão temporário que a carioca Carla Juaçaba fez para a exposição Humanidades, planejada por Bia Lessa e realizada no Forte de Copacabana durante a Rio +20. Com os mesmos andaimes de outros eventos, ela projetou uma construção translúcida, exposta a todas as condições do tempo: luz, calor, chuva e vento.

— Optamos pelos andaimes porque eles podem ser reutilizados e queríamos dar essa ideia de sustentabilidade. Mas não esperávamos tanta repercussão. Nem para a exposição, nem para a arquitetura — diz Carla, que em março ganhou o prêmio “arcVisoin – Women and Architecture Prize” pela obra.

O outro representante do Rio é o escritório Jacobsen Arquitetura, autor da famosa cobertura em formato de onda do MAR, o Museu de Arte do Rio, que terá fotos expostas. A maquete será a da Residência ML. Construída para os finais de semana de um casal e duas filhas, a casa tem as paredes externas, o piso e o teto forrados por painéis de madeira. Sobre uma estrutura elevada, ela é um grande quadrado cercado de verde que tem uma cobertura solta do volume dos cômodos e suspensa em pilares que percorrem suas laterais.

De São Paulo, são três representantes: Corsi Hirano, com a obra do Tribunal Regional do Trabalho de Goiânia; o Nitsche, que projetou um prédio de escritórios que une duas ruas em São Paulo; e o Metro, com seu Museu do Chocolate, da Nestlé, que transformou a paisagem da Avenida Dutra, em Caçapava, ao criar uma passarela e uma torre cobertas com vidro vermelho.

— Era para fazer um tratamento quase cenográfico do museu, mas para resolver a questão do fluxo, criamos uma estrutura que acabou se tornando marco do espaço — diz Martin Corullon, um dos sócios do escritório paulista.

Participam ainda os gaúchos do Studio Paralelo, que projetaram a sede do Crea, na Paraíba (foto na capa), coberta por brises horizontais; e os mineiros de três escritórios: o BCMF, que criou o Centro Nacional de Tiro Esportivo, em Deodoro; além dos Arquitetos Associados e do Rizoma, responsáveis por dois dos pavilhões do parque de Inhotim.

Fonte: http://oglobo.globo.com/imoveis/nova-face-da-arquitetura-brasileira-9969402#ixzz2f3xfxWNF

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