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“Arquitetura: substantivo feminino” discute a invisibilidade da mulher na arquitetura e urbanismo

Atividade organizada pelo CAU/RJ trouxe temas como equiparação profissional e representatividade de arquitetas como referência acadêmica. Presidente do CAU/BA foi uma das palestrantes convidadas

Margarida Pressburger, a Conselheira Mariana Bicalho, o presidente do CAU/RJ, Jeferson Salazar, Marielle Franco e a presidente do CAU/BA Gilcinéa Barbosa da Conceição

 

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) promoveu na última terça-feira (06) o evento “Arquitetura: Substantivo Feminino”, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Quase 100 arquitetas e urbanistas compareceram à atividade, que foi idealizada pela assessora de comunicação da autarquia, Marta Valim. “Todo ano, perto do Dia Internacional da Mulher, a gente imaginava o que ia fazer, mas sempre ficava no âmbito interno. Felizmente, este ano, com engajamento das novas conselheiras e com apoio das chefias, pudemos colocar em prática um seminário dedicado às arquitetas e urbanistas, com uma pauta relevante e atual”, conta a assessora. A expectativa é de que o evento passe a integrar a programação anual do CAU/RJ.

A programação teve três mesas de debate. Na primeira, com a temática “Representatividade no CAU”, participaram a presidente do CAU/BA Gilcinéa Barbosa da Conceição, a advogada e ex-presidente da Comissão de Mulher do Instituto dos Advogados do Brasil (IAB), Margarida Pressburguer, e a vereadora Marielle Franco, presidente da Comissão da Mulher na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Elas compartilharam vivências em suas profissões e debateram questões importantes como a luta de classes, a falta de voz ativa das mulheres no âmbito político, o assédio em várias esferas e a desigualdade salarial entre os gêneros.

Gilcinéa Barbosa da Conceição fala para arquitetas presentes no evento (Foto: CAU/RJ)

Já a segunda mesa “Mulheres e Cidade” aprofundou a discussão sobre como a urbanização é pensada sem considerar necessidades específicas da mulher. Participaram da mesa a professora e doutora em Urbanismo Marcela Abla; a arquiteta e urbanista Priscila Gama, desenvolvedora do aplicativo Malalai, que ajuda mulheres a escolher rotas mais seguras para caminhar na cidade; a pesquisadora Poliana Monteiro, além da arquiteta e urbanista, professora da Unigranrio e da UFF, Rossana Tavares. Em pauta, as problemáticas relacionadas a uma cidade mais inclusiva e segura para as mulheres. 

Por fim, a última mesa de debate “Ser Arquiteta”, contou com a participação de Julia Mazzutti, idealizadora do coletivo Arquitetas Invisíveis; das representantes do corpo estudantil da FAU/UFRJ, Mikhaila Copello e Vanessa Ribeiro; e da arquiteta e urbanista Tainá de Paula, coordenadora regional da Plataforma Brasil Cidades e consultora técnica do MTST do Rio de Janeiro. As discussões passaram pela invisibilidade das referências femininas na produção acadêmica, a questão do assédio velado nas universidades, a criação da identidade feminista, os espaços não ocupados (projetos assinados por homens feitos por mulheres), entre outras questões.

(Com informações do CAU/RJ)

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